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Mostrando postagens de setembro, 2012
O meu estado emocional encontra-se no auge de sua dinâmica. Eu passo de durona, ao tradicional rio de lágrimas em segundos. A questão é que eu quero resolver, seja pro mal ou pro bem, quero solucionar as coisas. A ansiedade é demais pra conte-la na dúvida. De dia os sorrisos são fartos, as risadas altas, os assuntos os mais variados, mas chega a noite, e a maquiagem começa a desbotar, borrar, sumir. E finalmente os vincos feitos pelas lágrimas no meu rosto, começam a aparecer, sugando novamente a pouca umidade que me resta nos olhos. Drama, com certeza. Mas mesmo assim dói. E o que dói, é que não faz sentido. Não que tudo tenha que fazer sentido, quem seria eu exigindo isso? Justo eu, que o amo sem sentido algum.  Mas tristeza sem sentido já é demais, sofrer pelo abstrato é o fim do poço. Pare de jogar moedas nesse poço, peça logo o que já é seu. Me peça.
Eu já começo a me perder em um misto de desespero, angustia... e raiva. No exato momento não é a velha dor que adoramos colocar simbolicamente no coração, e sim dor nos punhos, vontade de socar pra longe essa palhaçada. De socar a sua cara. Na verdade, começa a me esgotar a paciência. Começo a me questionar a respeito do limite de tudo isso... Até que ponto eu devo me arrastar, até que ponto sou eu que estou errada? Eu não digo, nem nunca quis dizer, que não tenho culpa e sou fácil de levar. Sou uma pedra no sapato, a quina que bate no seu dedinho, o espinho de peixe entalado na sua garganta. Sou o copo de coca gelada que você esquece na cozinha, ao se jogar deliciosamente no sofá, com um pote de pipoca... Mas também sou puro sentimento, toda emoção, doação, e se olhar a grosso modo, sou pura devoção. Eu já engoli muito sapo, e já perdoei o que todo mundo chama de imperdoável. Todo esse amor é bom, você é bom pra mim sim, mas eu também sou boa pra você. Eu também te dou car...
Meus olhos já estão ardendo de tanto chorar, desconfio que já estejam secando. E a grande palhaçada disso, é que nem te perdi. Não sei se ainda, se é um preparo, um ensaio, um show de abertura. Ou se é apenas um projeto, que como tantos, se desfaz. Ou um susto, um grande susto, com o dedo apontado no meu nariz, dizendo com seriedade: Agora sabe do que eu sou capaz. E eu sempre soube, o problema é o poder nas suas mãos. O poder de me manipular, de me quebrar em milhões de pedacinhos, me esfarelar em pó, e me juntar novamente com apenas meia palavra. Eu sou  como areia nas suas mãos, e o seu amor é a água que me mantem como unidade, definida, delineada. E  a falta dele, faz com que eu me torne milhões de micro partículas, passa um vento e me leva, e eu vou voando, sem direção e controle, com medo, á vontade do acaso, sem saber se vou acabar mergulhada no meu habitual mar, no meu aconchego, em todo o calor úmido que eu tanto amo, ou vou acabar dessa mesma maneira, voando, sozin...
Eu lavei suas roupas, junto com as minhas. E isso é mais uma tentativa de consolar a minha mente, mais uma imaturidade que se prende a mim, mais uma valorização material. Mais uma vez eu tento me agarrar a qualquer pedaço de você que esteja ao meu redor. Até mesmo as bolsas formadas embaixo dos meus olhos, e as tantas lágrimas que se derramaram essa noite, são um pouco de você. E enquanto eu não puder ter seus braços, ter sua boca, seu beijo manso nas minhas costas. Enquanto eu não tiver sua voz, seu sopro, sua atenção, eu me agarro a dor de ficar sem tudo isso, e vejo meus prédios internos desmoronando, com a certeza de que eu não quero reconstruir nenhum deles sem você. Você é um ponto de interrogação, apesar de eu conhecer cada traço e angulação contidas. Eu te conheço o suficiente pra saber quais são suas possíveis decisões, te conheço o suficiente pra ter medo delas, mas também pra poder deixar a vela da esperança quase acesa. O seu jogo é sempre o mesmo, porque você sabe que s...
É sempre assim, passo meses sem escrever nada, até que alguma coisa mexa profundamente com os meus sentimentos, e ai eu volto. É como se eu voltasse pra dentro de mim, para refletir sobre tudo o que já aconteceu até chegar aqui... Ler tudo o que foi dito, ainda que alguns sejam problemas superados, é como passar canivete pela cicatriz, mas levemente, sem cortar. A lembrança do corte arde. Mas hoje tenho um novo corte, e ainda não tenho certeza do quão profundo é... Essa angustia de descobrir é que me mata.  Me engasga o peito, eu mal consigo soltar o ar. Nesse momento, vejo o contorno de suas mãos apertando o meu pescoço... Eu estou ficando cada vez mais sem folego, e basta o movimentar dos seus dedos para que o ar volte a passar tranquilamente, e em cinco minutos estarei recuperada. Mas quem disse que você quer soltar? O meu rosto já se encontra roxo, meus olhos saltam discretamente de seus encaixes, e choram. Minha boca entre-aberta sedenta por ar, inspira os últimos sopros de e...