Calma! As coisas sempre acabam se ajeitando naturalmente, da impressão que tudo tem mesmo seu caminho, destino, sentido natural e vai se encaminhando espontaneamente. É bonito, não é? O quanto a vida é implacável e vai mudando as perspectivas e lugares das coisas. Muita coisa já foi grande e hoje é tão pequenininha, algumas chegam a ser invisíveis. Sentimentos, relações, sofrimentos, angustias e até as boas sensações. Acho que a palavra de ordem tem que ser PACIÊNCIA. E como é difícil! Eu sinto que é um problema geracional. Talvez os adventos tecnológicos tenham nos tornado assim. Ansiosos, impacientes, cheios de anseios, não sabe sabe pelo que. Uma pressa desenfreada, mas para chegar a onde? O que eu preciso agora é respirar fundo, deixar os minutos, horas e dias escorrerem e irem se acumulando lentamente até se tornarem uma grande onda, dessas bem cheias, volumosas, robustas e fortes, mas daquelas que chegam serenas. Assim ela vem, de mansinho e vai englobando tudo e arrastando ...
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Me dei conta do quanto estava envolvida com o momento quando abri os olhos e reconheci tudo a minha volta. Era uma estradinha de terra desconhecida e distante, parecia que os anos não haviam passado naquele canto da cidade, nem mesmo pude encontrar algum poste na rua. Apenas a poeira batida com aquele brilho ilusório feito pelo calor do sol ardente. Não havia ninguém ao redor, ninguém e mais nada. Apenas aquele carro, abarrotado de sensações antigas em seus estofamentos. Eu. Ele. Aquela música que a essa altura já não era mais ouvida, e sim absorvida por cada poro da minha pele. Ficamos em silêncio, apenas fitando a estradinha, sem conseguir enxergar o fim dela. O tempo se tornou denso. Os raios de sol causavam uma ardência nos meus olhos, mas eu não queria desvia-los. Minha visão periférica viu o seu rosto voltar-se para mim. Me segurei o quanto pude antes de virar também. Em questão de segundos estavamos gargalhando, sem motivo aparente. Tratamos de fazer o que combinamos... Con...
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Estou finalmente no lugar que tanto temi estar. Felizmente é melhor do que eu imaginava, ainda que não seja fácil. Eu olho tudo de uma maneira diferente agora, não são as mesmas cores e nem os mesmos aromas, até as memórias mudaram com esse novo modo de olhar.... Só não muda a voz que grita no meu peito. Ela continua gritando o seu nome.
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Estou me sentindo incapaz de expressar tudo o que tem se passado na minha cabeça. Fico num misto de frustração e auto contemplamento, uma vez que isso só poderá ser observado por mim. Mas que graça tem ir ao cinema sozinha? O velho problema de não se dar bem comigo mesma. Não vou muito com a minha cara, será que alguém pode me acompanhar pra não ficar meio chato? Evitar aquelas situações desconfortáveis em que o assunto acaba e as reflexões começam. Aconteça o que acontecer, não me deixe sozinha comigo mesma, por favor! Não me canso de imaginar a quantidade películas que eu poderia compartilhar, consigo imaginar a sala onde isso aconteceria... Pequena e abafada, cheiro de pipoca doce e mofo. Aquela luz amarelada, a imagem tremula com algumas falhas vez ou outra. Poucas cadeiras, agrupadas em diferentes posições e números. Escolhidas por motivos específicos que eu jamais explicaria a ninguém. Uma no centro, na primeira fileira, ...
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O meu estado emocional encontra-se no auge de sua dinâmica. Eu passo de durona, ao tradicional rio de lágrimas em segundos. A questão é que eu quero resolver, seja pro mal ou pro bem, quero solucionar as coisas. A ansiedade é demais pra conte-la na dúvida. De dia os sorrisos são fartos, as risadas altas, os assuntos os mais variados, mas chega a noite, e a maquiagem começa a desbotar, borrar, sumir. E finalmente os vincos feitos pelas lágrimas no meu rosto, começam a aparecer, sugando novamente a pouca umidade que me resta nos olhos. Drama, com certeza. Mas mesmo assim dói. E o que dói, é que não faz sentido. Não que tudo tenha que fazer sentido, quem seria eu exigindo isso? Justo eu, que o amo sem sentido algum. Mas tristeza sem sentido já é demais, sofrer pelo abstrato é o fim do poço. Pare de jogar moedas nesse poço, peça logo o que já é seu. Me peça.
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Eu já começo a me perder em um misto de desespero, angustia... e raiva. No exato momento não é a velha dor que adoramos colocar simbolicamente no coração, e sim dor nos punhos, vontade de socar pra longe essa palhaçada. De socar a sua cara. Na verdade, começa a me esgotar a paciência. Começo a me questionar a respeito do limite de tudo isso... Até que ponto eu devo me arrastar, até que ponto sou eu que estou errada? Eu não digo, nem nunca quis dizer, que não tenho culpa e sou fácil de levar. Sou uma pedra no sapato, a quina que bate no seu dedinho, o espinho de peixe entalado na sua garganta. Sou o copo de coca gelada que você esquece na cozinha, ao se jogar deliciosamente no sofá, com um pote de pipoca... Mas também sou puro sentimento, toda emoção, doação, e se olhar a grosso modo, sou pura devoção. Eu já engoli muito sapo, e já perdoei o que todo mundo chama de imperdoável. Todo esse amor é bom, você é bom pra mim sim, mas eu também sou boa pra você. Eu também te dou car...