Me dei conta do quanto estava envolvida com o momento quando abri os olhos e reconheci tudo a minha volta. Era uma estradinha de terra desconhecida e distante, parecia que os anos não haviam passado naquele canto da cidade, nem mesmo pude encontrar algum poste na rua. Apenas a poeira batida com aquele brilho ilusório feito pelo calor do sol ardente. Não havia ninguém ao redor, ninguém e mais nada. Apenas aquele carro, abarrotado de sensações antigas em seus estofamentos. Eu. Ele. Aquela música que a essa altura já não era mais ouvida, e sim absorvida por cada poro da minha pele. Ficamos em silêncio, apenas fitando a estradinha, sem conseguir enxergar o fim dela. O tempo se tornou denso. Os raios de sol causavam uma ardência nos meus olhos, mas eu não queria desvia-los.
Minha visão periférica viu o seu rosto voltar-se para mim. Me segurei o quanto pude antes de virar também. Em questão de segundos estavamos gargalhando, sem motivo aparente. Tratamos de fazer o que combinamos... Contrai os olhos aos poucos, e assim permaneci, sentindo cada parte de mim derreter.
Não trocamos muitas palavras. O carro ligou e iniciou uma marcha lenta, poderia dizer no rítimo da música, mas eu não conseguia mais ouvi-la. A gente se olhava e ria cada vez mais, de nada, e de tudo o que levou a gente até ali.
Esqueci de repente que ele estava ali, apenas observava as arvores passando por cima de nós, e sorria. Pela primeira vez eu entendi aquela típica cena de filmes que mostram tardes felizes, em que as pessoas estão se divertindo e sorrindo, entregues à situação sem pensar em mais nada, andando em qualquer lugar, olhando qualquer coisa. Uma música feliz toca no fundo, música essa que nesse momento eu já não ouvia mais, eu ouvia o barulho da minha tranquilidade, que era nenhum. A imagem se foca na alegria pura daquele momento, o resto parece embaçado, sem importância, segundo plano. Naquele momento me rendi ao sorriso que desconfio ter sido o mais leve que os meus lábios se atreveram a desenhar, mas por dentro, eu sentia todo o peso dele em cima de mim.
Meus sentidos foram me chamando a realidade lentamente, a música começou a machucar meus ouvidos e minhas mãos suavam. Ele tinha descansado a mão sobre a minha coxa, mas começou a se tornar pesada demais pra estar ali. As ruas passavam como borrões e os sorrisos já não me pareciam tão puros.
Ele falava e eu não sei ao certo sobre o que, mas algo no jeito de olhar, de rir e de observar a situação havia mudado. Como se fosse tudo parte de um plano, algo que eu não entendia de maneira alguma. Tudo continuava girando e a essa altura a minha cabeça acompanhava o movimento. A diversão toda acabou ai. A admiração se foi, momentaneamente como tantas outras...
se foi.
Minha visão periférica viu o seu rosto voltar-se para mim. Me segurei o quanto pude antes de virar também. Em questão de segundos estavamos gargalhando, sem motivo aparente. Tratamos de fazer o que combinamos... Contrai os olhos aos poucos, e assim permaneci, sentindo cada parte de mim derreter.
Não trocamos muitas palavras. O carro ligou e iniciou uma marcha lenta, poderia dizer no rítimo da música, mas eu não conseguia mais ouvi-la. A gente se olhava e ria cada vez mais, de nada, e de tudo o que levou a gente até ali.
Esqueci de repente que ele estava ali, apenas observava as arvores passando por cima de nós, e sorria. Pela primeira vez eu entendi aquela típica cena de filmes que mostram tardes felizes, em que as pessoas estão se divertindo e sorrindo, entregues à situação sem pensar em mais nada, andando em qualquer lugar, olhando qualquer coisa. Uma música feliz toca no fundo, música essa que nesse momento eu já não ouvia mais, eu ouvia o barulho da minha tranquilidade, que era nenhum. A imagem se foca na alegria pura daquele momento, o resto parece embaçado, sem importância, segundo plano. Naquele momento me rendi ao sorriso que desconfio ter sido o mais leve que os meus lábios se atreveram a desenhar, mas por dentro, eu sentia todo o peso dele em cima de mim.
Meus sentidos foram me chamando a realidade lentamente, a música começou a machucar meus ouvidos e minhas mãos suavam. Ele tinha descansado a mão sobre a minha coxa, mas começou a se tornar pesada demais pra estar ali. As ruas passavam como borrões e os sorrisos já não me pareciam tão puros.
Ele falava e eu não sei ao certo sobre o que, mas algo no jeito de olhar, de rir e de observar a situação havia mudado. Como se fosse tudo parte de um plano, algo que eu não entendia de maneira alguma. Tudo continuava girando e a essa altura a minha cabeça acompanhava o movimento. A diversão toda acabou ai. A admiração se foi, momentaneamente como tantas outras...
se foi.
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