Naquela dia inteiro, ela se questionou se já não era tempo de começar a se acostumar. Já se passaram alguns meses desde que essa rotina teve um inicio, não deveria ela já ter aprendido a se despedir? Ao invés disso, notava que cada vez se tornava ainda pior, se é que isso é possível. E a ultima vez que fizera, o fizera com uma dor insuportável. Mas enfim chegou a uma conclusão, apesar de dolorido, era ótimo que não se acostumasse. Era mais um entre tantos os sinais, de que ela quer somente a ele, e que o mesmo é exatamente tudo o que ela precisa. Se logo acostumasse, algo estaria errado... Por mais rotineiro que seja as constantes despedidas e os breves momentos juntos, não se deve acostumar. Ela quer mais. Pensa nele o tempo todo, e por mais clichê que isso pareça, ela realmente pensa. O lembra em cada mínimo detalhe, lembra e relembra diversas vezes os seus breves e mais fantásticos momentos juntos. E dizendo isso me refiro a todos, não havia um só momento ao lado dele em que ela não estivesse totalmente em êxtase. Engolindo o choro, ou se perdendo em abraços, sempre sentia o farfalhar no estômago, o frio na espinha e o coração prestes a explodir, pois era ele... e estava ali. E era tudo o que ela queria e precisava, tudo o que ela quer... pra sempre.

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