Borboletas no estômago.

Como pode ser tão agradável algo que deveria ser no mínimo incomodo? O farfalhar incessante, as cócegas, a aflição... Tudo o que resulta de um caso mundialmente conhecido: Borboletas no estômago. Será que um dia caberá a nós a capacidade de explicar como é que elas entraram, ou como surgiram por ali? Você conhece alguém, a amizade nasce, você se apaixona, você vive um romance, um relacionamento ou qualquer coisa parecida, mas ocorrem brigas, ou até um fim. Até que então, existe um momento desconhecido por nós, em que os ovinhos são botados por ali, devido a cada atitude, cada pensamento, cada momento ou situação... Uma decisão ou uma palavra as vezes são o suficiente pra isso... A partir dai um problema temporário se inicia, cada lágrima, cada suspiro é um pequeno avanço que esses ovinhos fazem, até que com o calor do amor, que apesar de se encontrar em uma fase ruim, insiste em existir, eles começam a evoluir até que nascem esquisitas lagartas. Tenho certeza que a época das lagartas é aquela época em que a gente mais sofre por estar apaixonado. Alias, sinônimo de sofrer por amor deve ser lagartas no estômago, acredito que seja a principal razão de acontecer isso. E o problema por sinal já tá virando moda, quem não sofre, ou seja, quem não tem as benditas lagartinhas, acaba sendo taxado como sem sentimentos, ou coisa parecida. Mas não é que esse ser abominável e feio acaba crescendo, e se torna um lindo animalzinho? Ah que sensação agradável, ver aos poucos toda aquela meleca feia, que morde e machuca indo embora... É a hora em que finalmente encontramos a parte boa da paixão, sentimentos correspondidos dão força para as frágeis asas que se desenvolvem se tornando fortes e coloridas, é hora de voar! E meu Deus, como é difícil voltar os pés no chão! Aos poucos a carícia proporcionada por cada uma daquelas delicadas e coloridas asas vai curando cada mordida, que elas mesmas outrora causaram. A sensação de alivio é revigorante, mas depois de toda a cicatrização, você involuntariamente acaba alimentando e mantendo viva essas borboletinhas, que vão polinizando as flores da paixão. Aos poucos, o seu estômago se torna um jardim, e o vento soprado pelos arrepios de um toque, ou até mesmo as chuvas e temporais causados por cada vez que engolimos a seco pela ânsia de dizer em palavras o que não é humanamente traduzivel acaba fazendo esse jardim florescer, crescer e durar... Mas, há um período de seca, causado por um fenômeno natural conhecido como saudades. Esse período é especialmente doloroso para as borboletas. O sol é coberto por nuvens vazias, não há luz, não há chuva... As flores podem murchar, o jardim secar, mas a agitação das borboletas a procura de pólen e agua é particularmente incomodo. Chega a ser desesperador, você procura, sem sucesso, meios de regar o jardim. Chocolates e guloseimas, filmes melodramáticos ou históricos de msn? Esqueça, não é a solução. O único jeito é esperar a volta do verão, cheio de sol e chuvas, o motivo de toda aquela magia presente no seu jardim... O que me conforta, agora? É que meu coração se encontra no auge do verão, e é extremamente comum nessa estação alguns dias nublados... Pode até fechar o tempo, mas não deixa de ser verão, e logo logo o sol volta, e o jardim volta a brilhar!
Hei Sol, sopre logo essas nuvens de saudade!

Comentários

  1. "...que vão polinizando as flores da paixão..."
    isso te lembra algo??? UHSUAshaUSH...

    google.com
    uma ótima ferramenta HAHAHAHA

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